Fora de estoque
“‘Djim do Deserto’ nasceu de um chamado profundo, vindo do vento quente que sopra entre dunas infinitas.
Enquanto pintava, senti o fogo ancestral se misturar à poeira dourada, como se cada pincelada fosse uma invocação a esses espíritos feitos de chama e mistério.
A obra foi para mim um portal: o silêncio do deserto, a imensidão do vazio e, dentro dele, a presença pulsante dos Djins, seres que dançam entre o invisível e o eterno.
Esta pintura é reverência ao poder da liberdade, à força indomável que não se deixa aprisionar e ao segredo do deserto, onde a areia esconde e revela destinos.”
Ruby
Na tradição árabe e islâmica, os Djins (ou gênios) são seres de fogo sem fumaça, habitantes de desertos, ruínas e lugares liminares.
Dotados de livre-arbítrio, podem ser benéficos, neutros ou desafiadores, refletindo a dualidade do mundo espiritual.
O Djim do Deserto é associado ao vento quente que ergue tempestades de areia, ao fogo que não se apaga e ao poder de atravessar fronteiras invisíveis.
São guardiões de segredos, inspiradores de visões e símbolos da força que habita o intangível.
Misteriosos e fascinantes, lembram-nos que nem tudo pode ser controlado — há forças maiores que caminham ao lado da humanidade, guiando ou testando os que ousam buscar o invisível.