Fora de estoque
“Pintar Kali foi atravessar o véu do medo para encontrar a verdade nua.
Em cada traço, senti a presença da Grande Mãe que dança sobre a ilusão, que rasga véus e nos devolve à essência.
As cores intensas foram chamadas para refletir seu poder: o azul profundo de sua pele como símbolo do infinito, o vermelho do sangue como lembrança da vida e da morte que coexistem.
Cada detalhe foi um ato de reverência àquela que não teme ser temida, porque sabe que sua face mais terrível é também puro amor em sua forma mais radical.
Para mim, esta obra é o grito da libertação: a celebração da força feminina que destrói correntes, que dança sobre o ego e nos conduz ao renascimento.
Kali é a chama que consome para purificar, a mãe que nos acolhe mesmo quando sua presença nos assusta.”
Ruby
Coleção | Entidades de Poder |
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Tipo | Tela em Acrílico |
Dimensões | 100x70cm |
Na tradição hindu, Kali é a deusa da destruição e da transformação, a face feroz da Mãe Divina.
É representada com a pele azul-escura ou negra, colares de caveiras e língua vermelha em fogo — símbolos de sua natureza indomável, da devoração do ego e da dissolução das ilusões.
Kali é também senhora do tempo (Kala), lembrando-nos da impermanência de todas as coisas.
Sua dança sobre o corpo de Shiva não é de crueldade, mas de completude: a união entre criação e destruição, entre amor e dissolução.
Ela é temida e amada porque sua energia revela que não há crescimento sem morte, não há renascimento sem fim.
Kali é a mãe que destrói para libertar, a protetora que rompe correntes, a chama que transforma medo em poder.